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Tratamento consensual, fundamental no manejo reumatológico

Por : Richard Aguirre
Periodista científico de Global Rheumatology by PANLAR.



10 Agosto, 2021

"O reumatologista Alejandro Balsa menciona que escolher um tratamento com o paciente pode ser benéfico, principalmente na artrite de difícil tratamento."

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Alejandro Balsa é reumatologista, chefe do serviço de Reumatologia de La Paz em Madri, Espanha, e professor de Reumatologia na Universidade Autônoma de Madri.

Ele responde vigorosamente às perguntas e diz que quando não está trabalhando, pesquisando e ensinando, gosta de passar o tempo com a família, viajar, ir ao cinema ou ouvir música. O lance da viagem fica em evidência apenas ao abrir a sua foto no WhatsApp, onde ele pode ver a montanha de cores, localizada a 5.200 metros de altura em Vinicunca (Peru). “É preciso subir-lá andando, não a cavalo”, diz ele desde Madri ao atender à ligação.

A unidade em que atua conta com 18 pessoas, um laboratório de pesquisas, uma unidade de imagem e consultas monográficas. “É um hospital muito ativo”, diz o Balsa, acrescentando que publicam anualmente cerca de 30 artigos, com o enfoque em dor, artrite, artrite óssea ou reumatóide, por exemplo.

Antes de falar sobre os desafios que enfrenta e sobre os quais atualmente concentra os seus esforços, e sobre os quais falará no Congresso PANLAR 2021, afirma que a Unidade de Artrite de La Paz é pioneira no país, pois foi a primeira a ser criada na Espanha, em 1993.

"Com esta unidade, muitas pesquisas foram feitas sobre vários fatores, prognósticos, artrite reumatóide, doenças graves, estudos de anticorpos, estudos genéticos da artrite reumatóide..." e um longo etc. que resume, em poucas palavras, a carreira do Balsa e La Paz.

Agora, voltando para os desafios que enfrenta, garante que tudo passa pelas dificuldades de tratar a artrite reumatóide, que é do que ele falará no PANLAR 2021.

“É provavelmente o problema mais difícil que temos agora, porque já temos muitos, muitos pacientes, mais de 600, tratados com biológicos e medicamentos e; porém tem um grupo pequeno que é o que dá mais problemas, porque são os mais complicados de lidar, você tem que ver com mais frequência, tem que trabalhar muito...”, diz o profissional.

Por outro lado, ele salienta que a artrite reumatoide refratária é muito importante, já que não há muitos pacientes, pois se estima que 10% das artrites reumatóides são tratadas com biológicos, "que são muito difíceis, custam muito e também além disso apresenta muitas lesões, comorbidades, problemas com processos psicológicos ou infecções, respostas ruins, pouca tolerância”, acrescenta o profissional, destacando que é francamente complexo, já que o seu atendimento exige mais tempo e recursos, por exemplo.

E as dificuldades? Neste ponto, o Balsa argumenta que o mais importante se concentra em categorizar esses pacientes, pois existem mais de 15 motivos diferentes para que essa situação aconteça: “O mais difícil é categorizar os pacientes dentro dos seus grupos, fazer alguns subgrupos onde os tratamentos específicos podem ser aplicados”.

Diante disto, resume o Balsa, o problema está nos números: Em uma coorte de 600 pacientes, haverão 50 ou pouco mais e, com esses 50 devem ser feitos subgrupos, o que resulta complexo na hora de realizar uma análise estatística que permita definir detalhadamente as características.

No entanto, ele comenta que, evidentemente, uma vez que estas características possam ser definidas para identificar o motivo subjacente pelo qual esses pacientes chegam a essa situação, então será possível oferecer tratamentos à la carte ou personalizados.

“O mais importante é combinar o tratamento com o paciente, explicar o porquê, entender e concordar” e então, acrescenta o profissional, dar ao paciente o tratamento que ele preferir, que poderia ser mais eficaz e que, enfim, seja uma conquista do trabalho e do diálogo que resulta da conversa médico-paciente, que o Balse considera fundamental.

“Temos muitos ramos, possibilidades e se o paciente indica qual acha que vai ser melhor; aquele, com certeza, será muito melhor. Então, trabalhe os fatores psicológicos, faça uma boa consulta de enfermagem que seja capaz de identificar esses problemas e depois veja se os pacientes não melhoram, pois a adesão deve ser investigada”, destaca Balsa.

Por fim, comenta que sente falta da presença da PANLAR, mas está bem servido pela possibilidade oferecida pelas tecnologias, pois “embora a distância complique, acho que o desejo e o interesse a superam”.

 

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