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Tuberculose em pacientes com artrite reumatoide tratados com leflunomida: descrição de uma série de casos.

Recebido 29 August 2020 Autores:
ALEXIS JAVIER ATUESTA RODRIGUEZ
ajatuestar@unal.edu.co
Código ORCID
0000-0003-2993-9348
Institución
Universidad Nacional de Colombia
Título académico
Médico Reumatólogo
YIMY F. MEDINA VELASQUEZ
yimy.medina@gmail.com
Código ORCID
0000-0003-1255-6703
Institución
Universidad Nacional de Colombia
Título académico
Médico Reumatólogo
https://doi.org/10.46856/grp.10.e080
Citar como:

Atuesta Rodriguez AJ, Medina Velásquez YF. Tuberculose em pacientes com artrite reumatoide tratados com leflunomida: descrição de uma série de casos. [Internet]. Global Rheumatology. Vol 2 / Ene - Jun [2021]. Available from: https://doi.org/10.46856/grp.10.e080

Tabla 1: Frecuencias de presentación de variables en pacientes con tuberculina positiva y negativa
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Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença Creative Commons Atribuição-Uso Não Comercial-Partilha pela Mesma Licença (CC BY-NC-4). É permitido copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato. Pode remisturar, transformar e criar a partir do material. Deve dar os devidos créditos, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de forma que sugira que o licenciante o endossa ou a sua utilização do material. Não pode utilizar o material para fins comerciais.

Tuberculose em pacientes com artrite reumatoide tratados com leflunomida: descrição de uma série de casos.

Introdução
Em pacientes com artrite reumatoide (AR), por si só, há um risco aumentado de infecções, o que, somado ao tratamento, pode gerar mais complicações. A leflunomida, um fármaco antirreumático, pode aumentar o risco de tuberculose ativa nessa população; no entanto, ainda não há clareza sobre essa associação. O objetivo deste estudo é apresentar uma série de casos de pacientes com AR em tratamento com leflunomida nos quais se investigou a presença de tuberculose. Descreve-se o estado da infecção nesses pacientes.

Metodologia
Pacientes com artrite reumatoide, segundo os critérios classificatórios do ACR/EULAR, foram submetidos a uma revisão de seus registros clínicos e ao rastreamento de desenvolvimento de tuberculose ativa, avaliando variáveis associadas à AR. Foi realizada uma análise por subgrupos, utilizando como critério de seleção a presença ou ausência de tuberculose latente. Os resultados correspondem a uma série de casos de pacientes tratados com leflunomida para AR.

Resultados
Foi identificado um caso de tuberculose ativa no subgrupo com tuberculose latente; no outro subgrupo, sem essa condição, não foram encontrados casos. A maioria dos pacientes (75%) estava em terapia concomitante com corticosteroides ou metotrexato, com média de idade de 60 anos e duração da AR superior a 10 anos.

Conclusão
Apresenta-se uma série de casos de pacientes com AR tratados com leflunomida, nos quais se investigou a possibilidade de tuberculose. A busca por fatores associados a essa doença infecciosa pode ser importante para identificar pacientes em risco de tuberculose e determinar a incidência associada a esse fármaco.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta aproximadamente 1% da população mundial. O tratamento geralmente se baseia na administração de fármacos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs); em alguns casos, conforme a atividade da doença, é necessária a combinação de medicamentos e até mesmo o uso de terapias biológicas, o que aumenta o risco de eventos adversos (EAs) (1).

Os eventos adversos na AR ocorrem tanto de forma inerente à patologia quanto associados ao tratamento utilizado para o controle da doença (1,2). Foi identificado um aumento do risco de infecções em pacientes com AR, relacionado à própria doença e ao uso de determinados medicamentos indicados no tratamento, o que leva a mais complicações (3). Esses medicamentos incluem desde os corticosteroides — cujo risco é maior conforme a dose diária e a dose acumulada — passando pelos DMARDs sintéticos, como metotrexato e leflunomida, até as terapias biológicas, como os inibidores do TNF e outros agentes com diferentes alvos de ação. Todos esses fármacos estão associados a um aumento no risco de infecções, principalmente bacterianas (4,5).

A leflunomida é um fármaco amplamente utilizado com sucesso no tratamento da artrite reumatoide, sendo recomendada tanto em monoterapia quanto em combinação (6). Seu perfil de segurança inclui efeitos que vão desde complicações dermatológicas, hepáticas e hematológicas até um aumento no risco de infecções por germes oportunistas, como pneumonia por Pneumocystis jirovecii e aspergilose; além disso, foi descrita uma associação com a reativação da tuberculose (TB) latente, com acometimento pulmonar e manifestações extrapulmonares (7). O risco de infecção é maior quando há uso concomitante de outros imunossupressores ou quando o paciente apresenta comorbidades, como diabetes mellitus, câncer, entre outras. No entanto, outros eventos adversos, como elevação de enzimas hepáticas, intolerância gastrointestinal, alopecia e neutropenia, são mais frequentemente os motivos de suspensão da terapia com leflunomida (8). Algumas revisões apontam uma prevalência de até 6% de TB ativa relacionada ao uso desse medicamento; porém, ainda há controvérsia na literatura sobre a necessidade de rastreamento universal de tuberculose latente antes de iniciar o tratamento com leflunomida em pacientes com AR (2,9).

O objetivo deste estudo é apresentar os achados de uma série de casos de pacientes com artrite reumatoide tratados com leflunomida e a presença de reativação de TB nessa população.

Apresenta-se um estudo observacional retrospectivo de revisão de casos de pacientes com artrite reumatoide em tratamento com leflunomida, como parte do manejo com DMARDs. Previamente, foram realizados exames laboratoriais e de imagem nos pacientes com o objetivo de identificar tuberculose (TB) ativa e TB latente. A coorte foi dividida em dois grupos: pacientes com presença de TB latente, avaliada por prova tuberculínica (PPD, na sigla em inglês) positiva, definida por induração maior que 5 mm após 72 horas, com radiografia de tórax negativa; e pacientes com PPD negativa e radiografia de tórax negativa.

Para identificar o diagnóstico de TB ativa, realizou-se uma busca nos registros clínicos dos pacientes; também foram feitos: avaliação clínica com base em sintomas respiratórios; diagnóstico microbiológico, como coloração de Ziehl-Neelsen (baciloscopia) ou cultura para M. tuberculosis em escarro; ou diagnóstico por imagem de tórax, conforme interpretação do radiologista.

Foram identificadas variáveis de interesse associadas à probabilidade de reativação da doença. Os resultados são apresentados em frequências relativas e absolutas, tanto para o desfecho primário quanto para as variáveis avaliadas em relação. Neste trabalho, são apresentados apenas os dados clínicos e paraclínicos dos pacientes incluídos, em percentuais, sem realizar análise de associação.

Em uma instituição de alta complexidade, foram identificados, na consulta de reumatologia, um total de 26 pacientes com diagnóstico de artrite reumatoide, de acordo com os critérios classificatórios de 1987 ou ACR/EULAR 2010 (10,11). Neste trabalho, são apresentados os achados em dois subgrupos: o primeiro apresentava diagnóstico de tuberculose latente ou ativa (n = 5 pacientes) e o segundo apresentava resultado negativo para tuberculose latente (n = 21 pacientes); essa divisão baseia-se na premissa de outros estudos, os quais indicam que pacientes com TB latente podem ter maior risco de reativação da doença com o uso de leflunomida.

Após a realização da análise microbiológica (em pacientes sintomáticos) por baciloscopia ou cultura, e de radiografia de tórax, independentemente da presença de sintomas, foi identificado apenas um caso de TB ativa no grupo com tuberculina positiva. A Tabela 1 apresenta as frequências de ocorrência de variáveis relacionadas aos pacientes, como idade, sexo, bem como outros marcadores clínicos e paraclínicos associados.

A leflunomida é um fármaco antirreumático modificador da doença amplamente utilizado com sucesso no tratamento da artrite reumatoide (AR) há mais de 20 anos. Seu efeito positivo reside em suas propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, por meio de seu metabólito ativo teriflunomida, que inibe a síntese de novo de nucleotídeos de pirimidina e, ao mesmo tempo, é responsável por inibir enzimas do tipo tirosina quinase, que atuam na sinalização intracelular em células T e B, com consequente diminuição da resposta pró-inflamatória de predomínio TH1 e TH17, nas quais moléculas como o fator de necrose tumoral (TNF), IFN-γ, IL-12 e IL-15 têm grande importância na AR (2,11).

Uma atividade regulada dessas moléculas é crucial na resposta imune contra patógenos bacterianos, entre os quais o Mycobacterium tuberculosis é um dos mais representativos, pois é um germe intracelular capaz de permanecer em estado latente e ser reativado por fármacos que afetam a resposta imune habitual.

O uso de leflunomida em monoterapia ou em combinação com outros medicamentos, como metotrexato e corticosteroides, tem aumentado em pacientes com AR com atividade moderada a alta, sendo uma boa alternativa antes da introdução de terapia biológica, permitindo uma melhora clínica significativa a um custo menor. De fato, demonstrou-se que a combinação de DMARDs sintéticos apresenta resposta semelhante ao uso de rituximabe em baixas doses, sem aumento nos casos de infecções graves nem de eventos adversos significativos (12). Portanto, constitui uma alternativa especialmente em regiões com acesso limitado a outras terapias modificadoras da doença. O risco de reativação da tuberculose em pacientes tratados com metotrexato e leflunomida é inferior a 1% em alguns registros, o que permite sua utilização como terapia segura (13,14,15).

Na Colômbia, em 24 de novembro de 2016, o INVIMA (Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos) divulgou informações de suas bases de dados, bem como recomendações publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA), indicando que pacientes sob tratamento com leflunomida podem apresentar ativação ou reativação de tuberculose. Outras agências, como a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA), também apontam um maior risco para o desenvolvimento de tuberculose; no entanto, não há uma recomendação clara quanto à triagem ativa de tuberculose em pacientes que iniciarão ou que já estejam em tratamento com leflunomida (16,17,18,24). As recomendações do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) sugerem a suspensão da leflunomida em casos de infecção bacteriana ativa, incluindo a tuberculose, a menos que esteja em estado latente no momento do início do tratamento (12).

Em um estudo colombiano que avaliou os efeitos adversos associados ao uso de DMARDs sintéticos em pacientes com AR, foi encontrada uma incidência de 4,9 eventos adversos por 100 pacientes/ano para a leflunomida, predominando os eventos gastrointestinais e hepatites, sem evidência clara de aumento do risco de infecções, tanto em monoterapia como em combinação com metotrexato (19,20). No entanto, outros relatos apontam uma associação significativa, com um OR de 6,02 (IC 1,47–24,65) para reativação de tuberculose em pacientes expostos à leflunomida (21). Além disso, há relatos de casos em que se menciona a associação da leflunomida com reativação de micobactérias não tuberculosas (22).

O risco de tuberculose ativa nesse grupo populacional não está associado apenas ao tratamento farmacológico, mas também a outros fatores relacionados ao próprio paciente, como histórico de pneumopatia crônica independente da etiologia, tabagismo, imunodeficiências primárias ou adquiridas, entre outros (7,19). Estudos observacionais indicam que o risco de desenvolvimento de tuberculose com leflunomida e metotrexato é maior em pessoas com mais de 65 anos, chegando a ser quatro vezes maior em comparação com pacientes não expostos a essas terapias, especialmente em países com alta prevalência da doença (23). Embora outras revisões tenham identificado e proposto a leflunomida como agente responsável pela reativação da tuberculose, neste grupo de pacientes foi identificado apenas um caso de tuberculose ativa no subgrupo com TB latente; e deve-se considerar que o paciente com reativação apresentava fatores de risco, como uso concomitante de biológicos anti-TNF, tempo de evolução da AR superior a 10 anos e ex-tabagismo.

Isso pode sugerir que talvez nem todos os pacientes que iniciarão tratamento com leflunomida necessitem de triagem ativa para tuberculose ativa ou latente. No entanto, há grupos de maior risco nos quais essa investigação deve ser considerada, especialmente em residentes de áreas endêmicas para a doença. É também recomendável a triagem de TB latente em pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com tuberculose, com histórico de pneumopatias crônicas ou achados radiológicos sugestivos de doença ativa; bem como em pacientes em uso concomitante de corticosteroides em doses moderadas a altas, e tratamento com outras terapias imunomoduladoras, biológicas ou não (2,11).

As recomendações do ACR não incluem uma sugestão clara quanto à triagem para tuberculose antes do início do tratamento com metotrexato ou leflunomida; contudo, outras sociedades de reumatologia recomendam essa prática, especialmente para o metotrexato. Embora a recomendação sobre a triagem de tuberculose em pacientes que iniciarão tratamento com DMARDs sintéticos seja divergente segundo os diferentes relatos, deve-se realizar uma avaliação individualizada em cada caso, sobretudo se houver clínica ou achados radiológicos sugestivos da doença, devido ao impacto que essa infecção pode ter nas complicações e na sobrevida de pacientes com AR (12,23).

As limitações deste trabalho residem no fato de tratar-se de um estudo observacional baseado na revisão de uma série de casos. No entanto, esse tipo de estudo pode desempenhar um papel importante na detecção de surtos ao relatar um ou mais casos, ou registrar o reaparecimento de uma doença anteriormente controlada. Também são úteis para descrever características de doenças muito raras e podem servir como ponto de partida para investigações posteriores (25,26).

Os achados identificados nesta série devem ser avaliados em um estudo analítico que permita controlar variáveis de confusão e desenvolver um modelo de associação multivariado. Assim, será possível identificar qual é o risco real de tuberculose associado ao uso de leflunomida e, a partir disso, formular uma recomendação sólida sobre a triagem nesses pacientes.

Apresenta-se uma série de casos de pacientes com artrite reumatoide em tratamento com leflunomida, nos quais foi investigada a presença de tuberculose, tanto em sua forma ativa quanto latente. A identificação de outros fatores associados a essa doença infecciosa pode ser importante para reconhecer os pacientes em risco de desenvolver uma forma sintomática de tuberculose. No entanto, este trabalho não permite oferecer uma recomendação conclusiva quanto à influência da leflunomida na predisposição à tuberculose. São necessários estudos com melhor qualidade metodológica para responder a essa questão, especialmente em nosso meio, onde a tuberculose ainda é uma doença relevante em termos de saúde pública.

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Este trabalho não recebeu financiamento.

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