Caracterização epidemiológica de pacientes com osteoporose em um centro especializado em Medellín, Colômbia
Cadavid Roldán C, Ramírez Orozco J, Aristizábal Henao N, Hormaza Ángel M, Vera Marín C, Velásquez-Franco C, Mesa-Navas M. Caracterização epidemiológica de pacientes com osteoporose em um centro especializado em Medellín, Colômbia Global Rheumatology. Vol 5/ Jul - Dic [2024]. Available from: https://doi.org/10.46856/grp.10.e197
Licença
Caracterização epidemiológica de pacientes com osteoporose em um centro especializado em Medellín, Colômbia
INTRODUÇÃO
Na Colômbia, em mulheres com mais de 50 anos de idade, uma prevalência de OP de 15,7% na coluna e 11,4% no fêmur proximal, entretanto, seu impacto local é desconhecido. Por esse motivo, nos propusemos a caracterizar clínica e sociodemograficamente os pacientes com OP que consultaram um hospital de alta complexidade no noroeste da Colômbia, de janeiro de 2011 a dezembro de 2017.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo. Foram incluídas histórias de pacientes maiores de 18 anos com código diagnóstico de OP. As informações foram coletadas de prontuários e tabuladas em banco de dados Excel. A estatística descritiva foi aplicada para a análise utilizando o software SPSSv.24.
RESULTADOS
Foram incluídas 177 pacientes, 91,5% (n=161) do sexo feminino, idade 68 ± 11 anos, a principal causa de OP foi a pós-menopausa com 78,5% (n=139), seguida de causas secundárias 19,8% (n=35). A maior proporção de osteoporose e fraturas foi representada na coluna lombar com 71,4%. 60,5% (n=107) dos pacientes tinham densitometria óssea relatada na história clínica, no momento da entrada do diagnóstico de OP.
CONCLUSÕES
Foram encontrados escores T inferiores a -2,5 na coluna lombar, um percentual significativo de causas secundárias foi encontrado e menos da metade dos pacientes não apresentavam densitometria óssea no momento do diagnóstico nem estavam em tratamento farmacológico.
A osteoporose (OP) é uma entidade clínica caracterizada pela presença de baixa massa óssea e alterações na microarquitetura que determinam uma condição de fragilidade óssea, com consequente risco de fraturas que acarretam importante morbidade, incapacidade e mortalidade (1).
Segundo uma metanálise de mais de 80 estudos, com uma amostra de mais de 100 milhões de pacientes dos cinco continentes, estimou-se uma prevalência de 18,3% (IC 95%: 16,2–20,7), sendo 23,1% nas mulheres (IC 95%: 19,8–26,9) e 11,7% nos homens (IC 95%: 9,6–14,1). Além disso, demonstrou-se que a África possui uma prevalência maior do que o restante do mundo; no entanto, os dados são limitados (4). Globalmente, ocorrem mais de 8,9 milhões de fraturas por fragilidade a cada ano, e cerca de 80% dos pacientes serão incapazes de realizar tarefas de autocuidado, e 64% precisarão ser internados em instituições de cuidado (2). Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerá uma fratura osteoporótica. Estima-se que as fraturas de quadril aumentarão 310% nos homens e 240% nas mulheres até o ano de 2050 (3). Em mulheres com mais de 45 anos de idade, a OP é responsável por mais dias de hospitalização do que o diabetes mellitus, o infarto do miocárdio ou o câncer de mama (4).
Na Colômbia, a osteoporose não é uma prioridade de saúde pública, mas as projeções mostram um aumento importante da população idosa, a qual está em risco de desenvolver esta doença.
Os custos diretos e indiretos associados à OP são muito altos; na Colômbia, calcula-se que, para 2015, o impacto econômico do tratamento das fraturas de quadril seria superior a 205 milhões de pesos; para as fraturas vertebrais com manejo cirúrgico, seria superior a 1300 milhões de pesos; e para as fraturas do rádio distal, superior a 122 milhões de pesos (5), (6). Também foi calculado que os custos anuais globais, ao se analisar países latino-americanos como México, Argentina, Brasil e Colômbia, foram estimados em 94 milhões de dólares (7).
Segundo projeções de 2012 da International Osteoporosis Foundation, verificou-se que, apesar dos dados para a América Latina serem insuficientes, as estimativas apontavam que na Colômbia haveria 1.423.559 mulheres com OP e entre 8.000 a 10.000 fraturas de quadril anualmente (8).
No entanto, em um estudo que reúne informações de relatórios de pacientes atendidos por OP entre 2012 e 2018, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 249.803 casos; ou seja, uma quinta parte. No mesmo estudo menciona-se que a prevalência nos homens oscilou entre 2,3 e 206,2 por 100.000 habitantes, enquanto nas mulheres foi entre 12 e 2190 por 100.000 habitantes; os departamentos com maior prevalência foram Risaralda, Antioquia e Caldas, com uma prevalência global calculada de 2,4% em pessoas com mais de 50 anos (9).
Entretanto, na Colômbia, após extensa busca na literatura, existe informação sobre a epidemiologia da OP, mas há pouca informação sobre as características basais desses indivíduos, fatores de risco, características densitométricas e tratamento farmacológico.
Diante dos argumentos anteriormente expostos, da alta carga da doença e das sequelas geradas pela OP, além da escassez de informação sobre este tópico na Colômbia, pretendeu-se realizar uma caracterização clínica e sociodemográfica dos pacientes com OP atendidos em um centro de média complexidade na cidade de Medellín, Colômbia.
Desenho
Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo.
Critérios de elegibilidade
Foram incluídos prontuários de pacientes com mais de 18 anos com diagnóstico de OP com densitometria óssea, presença de fraturas por fragilidade, antecedentes pessoais e tratamento farmacológico, segundo os códigos CID-10: M819, M809, E349, M821, C900, M820, M818, M808, M815, M805, M814, M804, M816, M812, M802, M813, M803, M810, M800, M811, M801, M818, M808, M818, M808.
Cálculo do tamanho da amostra
De acordo com as informações fornecidas pela área de gestão da informação da instituição de referência, entre os anos de 2011 e 2017, foram realizados um total de 2213 diagnósticos de osteoporose; com base em uma prevalência de 11,7%, foi calculado um tamanho amostral de 149 pacientes com um alfa de 0,05 e um erro esperado de 5%. O cálculo foi realizado com o programa Epidat, versão 4.2.
Coleta de informações
As informações foram coletadas dos prontuários médicos e tabuladas em uma planilha do Microsoft Excel, versão 2019.
Análise estatística
Foi aplicada estatística descritiva para a análise por meio do software SPSS v.24.
Variáveis
Sociodemográficas: idade, sexo, tabagismo ativo, atividade física.
Clínicas: medicamentos concomitantes relacionados à osteoporose (inibidores da aromatase, anticonvulsivantes e glicocorticoides); tipo de osteoporose (pós-menopáusica ou secundária); fraturas prévias por fragilidade (quadril, antebraço, vertebral); tipo de tratamento (antirreabsortivos, denosumabe ou terapia anabólica), férias ósseas; fraturas por segmento anatômico; hospitalizações por fraturas.
Radiológicas: resultados da densitometria óssea (densidade mineral, T-score e Z-score em coluna, quadril e antebraço).
Considerações éticas
Sob a legislação vigente, considerou-se que o estudo não apresentava risco, uma vez que consistiu na revisão retrospectiva de prontuários médicos, sem intervenções específicas nos pacientes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição participante por meio da ata de 7 de abril de 2018.
Características basais
Foram incluídos 177 sujeitos. As características basais são apresentadas na Tabela 1; houve predomínio do sexo feminino e a osteoporose pós-menopáusica foi a causa mais frequente de osteoporose.
Tabela 1. Características clínicas de uma coorte de pacientes com osteoporose em um centro de referência do noroeste colombiano
Características densitométricas
Cerca de 60,5% (n=107) dos pacientes apresentavam densitometria óssea registrada no prontuário no momento do diagnóstico de OP. Em 21 pacientes (11,8%) o diagnóstico foi realizado por fratura por fragilidade prévia. O restante dos pacientes tinha OP, mas esta não havia sido confirmada por densitometria na primeira consulta médica em que foi atribuído o diagnóstico.
Do total de densitometrias, o equipamento utilizado foi relatado em 58,87% (n=63), sendo que 66,7% (n=42) foram LUNAR° e 33,3% (n=21) foram HOLOGIC°.
Entre os pacientes com diagnóstico de OP, densitometria óssea e avaliação do segmento anatômico específico, a maior proporção de osteoporose foi observada na coluna lombar, com 71,4%. A distribuição dos achados densitométricos está destacada na Tabela 2.
Tabela 2. Frequência dos achados na densitometria óssea em uma coorte de pacientes com osteoporose do noroeste colombiano
Causas secundárias de osteoporose
Do total da coorte, em 35 indivíduos foram encontradas causas secundárias; a distribuição percentual dessas causas é ilustrada na Tabela 3. Os glicocorticoides representaram o maior número de pacientes (n=10); no entanto, os pacientes podiam apresentar mais de uma causa.
Um total de 10 pacientes apresentavam várias causas de OP secundária: dois indivíduos com câncer de mama em tratamento, dois com doença renal crônica, dois com hipogonadismo hipogonadotrófico e câncer adrenal, gastrectomia, insuficiência poliglandular autoimune e hipercalciúria assintomática (um caso cada um).
Tabela 3. Causas de osteoporose secundária (n=35)
Fraturas
Do total da coorte, 55 pacientes apresentaram algum tipo de fratura; a maior porcentagem correspondeu a fraturas vertebrais. A distribuição das fraturas nesta coorte está apresentada na Tabela 4.
As hospitalizações por novas fraturas foram relatadas em 5/177 (2,8%) dos pacientes.
Tabela 4. Distribuição do tipo de fraturas em uma coorte de pacientes com osteoporose do noroeste colombiano
Tratamento farmacológico
No momento da primeira consulta, 46,9% (n=83) dos pacientes estavam recebendo bisfosfonatos, sendo os mais utilizados o alendronato (51,8%, n=43) e o ácido zoledrônico (36,14%, n=30); outros bisfosfonatos como ibandronato e risedronato foram utilizados em menor proporção: 9,63% (n=8) e 2,40% (n=2), respectivamente. A mediana de uso dos bisfosfonatos foi de 12 meses (5–45).
Teriparatida foi utilizada em 19 indivíduos (10,73%), com uma mediana de uso de 11,9 meses. Da coorte, 17 indivíduos receberam denosumabe (9,6%), com mediana de uso de 12 meses (6–18). Foram relatadas férias ósseas em apenas 1,1% dos pacientes (n=2).
Na nossa coorte de pacientes com OP em um hospital de referência do noroeste colombiano, foram encontrados, como achados significativos, T-score inferior a -2,5 na coluna lombar, uma porcentagem importante de causas secundárias e menos da metade dos pacientes não possuíam densitometria óssea no momento do diagnóstico nem recebiam tratamento farmacológico.
Em relação às causas secundárias de OP relatadas no nosso estudo, chamativamente foram relevantes. No entanto, isso pode ser explicado pelo predomínio de pacientes idosos e por se tratar de um centro de referência em endocrinologia e reumatologia. Contudo, contrasta com outro estudo colombiano no qual as causas secundárias em mulheres pós-menopáusicas foram deficiência de vitamina D em 71,8%, hiperparatireoidismo em 18,1% e hipercalciúria em 6,4% (10). Outra coorte colombiana com população exclusivamente masculina demonstrou que 61% tinham osteoporose secundária, sendo as principais causas o uso crônico de glicocorticoides (42,1%), o hipogonadismo (23,7%) e o hiperparatireoidismo (16,4%) (11). No nosso estudo, predominaram o uso de glicocorticoides e o hiperparatireoidismo.
Quanto às características basais, observou-se um baixo percentual de tabagismo e de prática de atividade física. Esses achados são semelhantes aos encontrados em um estudo na cidade de Santa Marta, onde apenas 5% fumavam (12), provavelmente devido à subnotificação nos registros clínicos. No entanto, em Manizales, o tabagismo foi encontrado em 58,2% e o uso de álcool em 10% (11). Uma coorte argentina mostrou que 23,9% dos pacientes com OP fumavam, diferindo do nosso estudo por incluir apenas casos de OP secundária (13).
O diagnóstico realizado por densitometria óssea, segundo uma metanálise global, foi de 19,6% (IC 95% 14,3 – 26,2), com uma amostra de mais de 100 milhões de pessoas (14). Além disso, um estudo realizado em 2018 em Bogotá reportou uma taxa de registro de densitometria de 54,3%, semelhante ao nosso estudo, sendo que 47% apresentavam OP e 8% osteopenia (9).
Em Medellín, Hormaza e colaboradores evidenciaram que em mulheres com mais de 50 anos havia uma prevalência de OP de 15,7% na coluna vertebral e 11,4% no fêmur proximal. A osteopenia estava presente na coluna vertebral e no fêmur proximal em 49,7% e 47,5%, respectivamente. Além disso, as menores concentrações de 25-hidroxivitamina D foram encontradas em pacientes com baixa massa óssea ou osteopenia, com mediana de 17 ng/mL (13,0–20,4 ng/mL) (15). Em nosso estudo, essa deficiência representou apenas 3% das causas secundárias, talvez pela falta de registro nas histórias clínicas revisadas. Outro estudo realizado em Cali, Colômbia, em pacientes com OP relatou 55,3% de insuficiência de 25(OH)D (16). No Equador, 58% tinham diagnóstico de OP, com média de 67 anos, e 42% de osteopenia. Entre os pacientes com níveis de vitamina D abaixo de 30 ng/mL, o percentual foi de 42,9% (17).
Em Cuba, 58% das pessoas apresentaram má qualidade óssea (osteopenia ou OP), e 16,8% tinham OP (18). No México, a prevalência de OP foi descrita como 13,9% (19). Na Argentina, 1021 pacientes (18,7%) tinham OP na coluna lombar e colo femoral (20). Na China, a prevalência de OP em pessoas com mais de 50 anos aumentou em 12 anos: de 14,8% antes de 2008 para 27,96% entre 2012–2015. Foi observada maior prevalência em áreas rurais do que urbanas (20,87% vs. 23,92%) (21). Estima-se que em mulheres colombianas ocorram entre 8.000 e 10.000 fraturas de quadril por ano, sendo 90% tratadas cirurgicamente, e o número anual de fraturas vertebrais é de 284.711 (8). Na nossa coorte, 55 pacientes sofreram fraturas, sendo predominantes as vertebrais com 15,8%, seguidas por rádio distal e quadril unilateral com 3,3%. Isso se associa aos resultados que apontam maior representação de OP na coluna. O estudo latino-americano de OP vertebral (LAVOS) revelou prevalência semelhante de fraturas vertebrais na Colômbia, definidas radiologicamente, comparando com outros países da região. O estudo mostrou prevalência geral de 11,7% de fraturas vertebrais em mulheres de 50 a 79 anos; especificamente na Colômbia, 22% das mulheres entre 70 e 79 anos apresentavam fraturas vertebrais radiológicas, com uma prevalência de fraturas em pacientes entre 50 e 79 anos de 10,72% e de fraturas assintomáticas de 7,3% (7).
Em Bogotá, Medina et al., em um estudo retrospectivo, encontraram que as localizações mais frequentes de fraturas por fragilidade em 184 indivíduos foram: rádio distal (36%) e vértebras; 30% tinham diagnóstico de OP e apenas 30% receberam tratamento completo antes da fratura, e 57,6% após (9). Outro estudo colombiano com adultos com fratura primária de quadril (66,7% mulheres) mostrou OP em 4,2% (22). Um estudo em Manizales, apenas com homens, indicou fraturas por fragilidade em 42,2%, com 51,4% apresentando uma única fratura e 48,6% duas ou mais, sendo a localização mais comum a coluna (80%), seguida pelo quadril (8,6%) (11). Estudos internacionais também demonstraram que, entre mulheres pós-menopáusicas, 46% têm pelo menos uma fratura vertebral. A prevalência de OP variou de 31% em pacientes de 50 a 55 anos a 69% em pacientes com 65 anos ou mais (23).
Um estudo baseado em dados do Ministério da Saúde da Colômbia relatou 18% de pacientes com fraturas e OP, mas não foi possível relatar a localização (24).
Em nosso estudo, no momento da primeira consulta, 46,9% (n=83) dos pacientes já recebiam bisfosfonatos, sendo os mais utilizados o alendronato (51,8%, n=43) e o ácido zoledrônico (36,14%, n=30). Teriparatida foi utilizada em 19 pacientes (10,73%) e denosumabe em 9,6%. Em um estudo com apenas pacientes do sexo masculino na primeira consulta com endocrinologia, 100% receberam prescrição de antiosteoporóticos; o alendronato foi o mais comum (50,2%). Suplementos foram prescritos em 97,6%, sendo mais frequente a combinação de cálcio e vitamina D (90,5%) (11). Numa coorte uruguaia, apenas 15,22% conheciam o diagnóstico. Não havia prescrição de tratamento para 69,88%. Apenas 23,49% recebiam suplementos de cálcio isoladamente ou combinados. 20,48% incluíam vitamina D, e 4,82% bisfosfonatos. Apenas cinco pacientes apresentavam tratamento completo (antirreabsortivo + cálcio + vitamina D). O antecedente de fratura por fragilidade estava presente em 26,09% e mais de uma fratura anterior em 4,82% (25). Em um estudo argentino, 95% receberam tratamento com bisfosfonatos após o diagnóstico de OP. No grupo com osteopenia, 43% receberam tratamento com antirreabsortivos (13). Outro estudo com seguimento de 5 anos em 110 homens com idade entre 53 e 99 anos hospitalizados por fratura de quadril não traumática mostrou que apenas 4,5% receberam tratamento para OP na alta hospitalar; durante o seguimento, somente 27% receberam algum tipo de tratamento para OP, enquanto 67% apenas cálcio e vitamina D (26). Em uma coorte de Valência, Espanha, 27,7% das mulheres e 3,5% dos homens tomavam suplementos de cálcio e/ou vitamina D, e 28,2% das mulheres (22,0% no grupo de 50 a 64 anos) e 2,3% dos homens tomavam antiosteoporóticos (27). De forma congruente, outro estudo espanhol com mais de 2.500 pacientes com fratura de quadril mostrou que apenas 38% recebiam algum tipo de tratamento osteoporótico (28). Uma revisão sistemática da literatura avaliou o percentual de pacientes com tratamento após fratura de quadril com resultados variáveis entre 6% e 61,7% (29). Também entre mulheres australianas pós-menopáusicas, 29% relataram pelo menos uma fratura de baixo impacto após a menopausa, mas menos de um terço estavam em tratamento específico para OP (30). Todos esses dados demonstram que o início do tratamento e o conhecimento sobre essa patologia constituem um problema global.
Em uma coorte de pacientes colombianos com osteoporose, encontrou-se um T-score definidor da doença com mais frequência na coluna lombar.
Um quinto desses sujeitos apresentava causas secundárias de osteoporose (principalmente associadas ao uso de glicocorticoides) e apresentaram fraturas; menos da metade dos indivíduos não tinham densitometria óssea no momento do diagnóstico nem estavam recebendo tratamento farmacológico.
Os autores declaram ausência de qualquer conflito de interesse na realização do estudo.
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